Euforia
Abro os olhos. Os tubos incomodam menos que o excesso de branco. Uma das enfermeiras me olha e esboça um sorriso. Se aproxima, coloca uma das mãos - com a outra ajeita o cabelo - sobre o meu braço e pergunta se estou bem. Palavras não me faltam, mas a capacidade de pronunciá-las sim. Na falta de uma resposta adequada para a pergunta, só me resta sinalizar com a mão que sim, apesar de tudo estou bem. Mas a mão parece estar mais preocupada com a agulha que lhe fura a pele e nem se mexe. Tento movimentar a outra e o resultado é o mesmo. As pernas também me ignoram. Entendo, com alguma serenidade, que só me resta a visão.
Ao meu lado esquerdo vejo um buquê de flores. Nele, um cartão escrito eu te amo. Reconheço a letra. As lágrimas vêm acompanhadas de um profundo sentimento de incapacidade. Não consigo enxugá-las e a minha visão embaça. Nem o fato de não falar ou não me movimentar trouxe tanta angústia. Mas a enfermeira - sorte minha - logo percebe e suavemente limpa meus olhos. Não posso mais chorar.
Meus olhos são tudo que tenho. A visão ganha uma dimensão até certo ponto eufórica. As cores funcionam como drogas e mesmo um pequeno movimento age tal qual um catalisador. As sombras fogem do meu entendimento. Ela entra no quarto. Chorando, se aproxima e com as duas mãos acaricia minha face e beija. Suas lágrimas caem no meu rosto mas eu não choro. não posso chorar.
Mas nem que quisesse choraria. A complexidade de sentimentos que me invade é assombrosa. Ela é um anjo. Minha alma nunca experimentou tamanha euforia. Seus lábios, umidecidos pelas lágrimas e pelo beijo, são esplêndidos. Os olhos ganham contornos inimagináveis que somente agora se tornam tangíveis.
Uma catarse se apropria de meus pensamentos e paralisa minha visão. Ela, no quadro perfeito.
Eu, em completo transe, extasiado, apaixonado, choro. Não podia chorar.
Ao meu lado esquerdo vejo um buquê de flores. Nele, um cartão escrito eu te amo. Reconheço a letra. As lágrimas vêm acompanhadas de um profundo sentimento de incapacidade. Não consigo enxugá-las e a minha visão embaça. Nem o fato de não falar ou não me movimentar trouxe tanta angústia. Mas a enfermeira - sorte minha - logo percebe e suavemente limpa meus olhos. Não posso mais chorar.
Meus olhos são tudo que tenho. A visão ganha uma dimensão até certo ponto eufórica. As cores funcionam como drogas e mesmo um pequeno movimento age tal qual um catalisador. As sombras fogem do meu entendimento. Ela entra no quarto. Chorando, se aproxima e com as duas mãos acaricia minha face e beija. Suas lágrimas caem no meu rosto mas eu não choro. não posso chorar.
Mas nem que quisesse choraria. A complexidade de sentimentos que me invade é assombrosa. Ela é um anjo. Minha alma nunca experimentou tamanha euforia. Seus lábios, umidecidos pelas lágrimas e pelo beijo, são esplêndidos. Os olhos ganham contornos inimagináveis que somente agora se tornam tangíveis.
Uma catarse se apropria de meus pensamentos e paralisa minha visão. Ela, no quadro perfeito.
Eu, em completo transe, extasiado, apaixonado, choro. Não podia chorar.
1 Comments:
Pedro, sobre o megaupload, uso porque é o mais fácil pra quem faz o upload e eu mesma não entendo nada dessas coisas altamente tecnológicas - entenda, pra mim essas coisas SÃO altamente tecnológicas. Se tiver alguma dica de outro site melhor pra baixar me avisa que eu me esforço pra entender a novíssima tecnologia-igual-às-outras.
Sobre o contador, existe uma maravilha chamada blogs.com, que tem tudso sobre html. lá você vai achar os contadores que procura. eles são colocados como as tags de comentário e funcionam como um registro de água e luz manja?
até mais, obrigada pelos comentários. Passarei mais aqui.
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